S&P pagará US$ 1,37 bilhão por participação na crise
A agência de avaliação de risco Standard and Poor’s (S&P) aceitou um acordo de US$ 1,37 bilhão em processo sobre a manipulação de valores de hipotecas que levou à crise financeira de 2008. Além do governo federal, dezenove estados e o Distrito de Columbia também eram partes no caso. O acordo, anunciado no dia 3, põe fim a anos de disputas judicias. Connecticut havia sido o primeiro estado a acionar a S&P, em 2010. O valor é menor do que o pedido inicial do Departamento de Justiça, de US$ 3,2 bilhões, mas é equivalente a um ano de lucro operacional da S&P. Investidores de Wall Street acusam o governo federal de tentar assustar o mercado com ações desse tipo. A S&P foi uma das poucas empresas que tentou defender-se judicialmente. A grande maioria aceitou acordos com o governo; no total, o mercado arcou com aproximadamente U$ 40 bilhões em reparações pela crise. Por outro lado, críticos de agências de risco e grandes bancos acham que as medidas foram leves. Nenhum dirigente das companhias envolvidas na crise foi processado criminalmente pela manipulação de valores. A S&P foi a única agência de avaliação de risco processada, mas a investigação da Moody’s ainda está em andamento. Apesar do acordo, a agência não admitiu culpa no caso.