Líderes republicanos no Senado e na Câmara encontram-se em situação delicada sobre as medidas executivas tomadas pela Casa Branca no ano passado e que protegem 5 milhões de imigrantes não documentados nos EUA. Republicanos consideram as medidas inconstitucionais e, durante as eleições de novembro, prometeram derrubar as ordens executivas do presidente Barack Obama. Entre várias gestos, o Congresso renovou o orçamento do Departamento de Segurança Doméstica, responsável pelas políticas de imigração, apenas até 27 de fevereiro. O problema da liderança republicana é que ela não parece ter os votos necessários para fazer cumprir suas promessas. A Câmara aprovou projeto financiando o Departamento de Segurança Doméstica vinculado à reversão das ordens executivas de Obama, mas a proposta será barrada pelos democratas no Senado. Em carta assinada por todos os senadores democratas, no dia 27, o partido pede ao líder da maioria Mitch McConnell (R-KY) que vote a renovação do financiamento sem condições anexas. Por sua vez, o porta-voz John Boehner (R-OH) não sabe se conseguirá votos de seu partido na Câmara sem aprovar sanções severas contra Obama. Uma de suas opções para aplacar a ala republicana mais radical será autorizar um processo judicial contra a Casa Branca, similar à tentativa de processo em 2014 contra a reforma da saúde. Mesmo assim, Boehner pode ver-se novamente na situação incômoda de ter que escolher entre aprovar o orçamento da segurança doméstica com apoio democrata na Casa ou deixar o Departamento sem fundos a partir de março.