Energia limpa e clima são pautas de Obama na Índia
Negociar um acordo climático e implantar um plano de energia limpa são alguns dos objetivos da visita do presidente Barack Obama à Índia, na última semana de janeiro. A expectativa é que o país asiático se comprometa com metas de redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020. Segundo a revista Nature Geoscience, a Índia foi responsável por apenas 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono entre 1870 e 2013. Já os EUA causaram 26% das emissões no mesmo período. Por essa razão, a cooperação indiana teria uma importância imediata mais diplomática do que ambiental. Países emergentes, como Índia e Brasil, consideram injusto ser penalizados desproporcionalmente por um problema criado historicamente pelos países ricos. Os EUA rejeitam essa posição e tentam estabelecer uma distribuição de custos equivalente entre países desenvolvidos e emergentes. O recente acordo bilateral com a China, que decidiu interromper o crescimento de suas emissões em 2030, foi considerado uma vitória de Obama. Obter algo semelhante da Índia ajudaria a enfraquecer o bloco emergente nas negociações climáticas. O presidente também espera colocar em prática e aprimorar a Parceria EUA-Índia para Avanço de Energia Limpa, assinada em 2009. Além de ajudar em eventuais metas climáticas, o plano tem potencial de negócios da ordem de US$ 100 bilhões para empresas dos EUA. Outro benefício seria garantir mercado, uma vez que suas indústrias enfrentam a dura concorrência da China no segmento de energia renovável.