Líder israelense não será recebido por Obama

O presidente Barack Obama não se encontrará com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu durante a visita do israelense aos EUA em março. Embora a antipatia mútua entre os dois seja notória, a decisão tem a ver com políticas domésticas e externas de ambos os países. A justificativa oficial da Casa Branca foi a de que o governo tradicionalmente não recebe chefes de Estado cujos países estão em processo de eleição. O objetivo dessa prática seria evitar o risco de influência nos resultados eleitorais. Israel terá eleições no dia 17 de março, duas semanas após a visita de Netanyahu, que tenta a reeleição em casa. O convite para que o israelense discurse em Washington partiu do líder da Câmara, representante John Boehner (R-OH), sem consulta prévia à Casa Branca. Além de ser uma quebra do protocolo, a atitude do republicano foi considerada provocativa pelos democratas. Obama trava uma queda de braço com o Congresso, que pretende aprovar novas sanções ao Irã, caso as atuais negociações com o país não deem resultado. No discurso Estado da União, no último dia 20, o presidente ameaçou vetar qualquer legislação nesse sentido. Netanyahu se opõe às conversas com o Irã se os termos não incluírem o desmantelamento quase que integral do programa nuclear iraniano. Seguindo na mesma linha, Boehner afirmou que os congressistas não permitirão que Obama faça um mau acordo. A imposição de novas sanções possivelmente afastaria o Irã da mesa de negociação.

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