Ano começa com debate sobre oleoduto Keystone XL
O Departamento de Estado orientou várias agências federais a apresentar avaliações sobre o oleoduto Keystone XL até 2 de fevereiro. O pedido parece ser uma reação à recente movimentação do Congresso a favor da construção e indica que uma solução para a questão pode estar próxima. A obra levaria petróleo betuminoso do Canadá às refinarias do Texas, estendendo o trecho existente entre a província canadense de Alberta e o estado de Nebraska. Sua execução está suspensa desde 2010, após a Agência de Proteção Ambiental (EPA) alertar para riscos ambientais. O novo trajeto cruza zonas sensíveis, como o aquífero de Ogallala, aumentando o risco de contaminação do subsolo. Um eventual vazamento seria agravado pela alta viscosidade desse tipo de petróleo. A EPA não pode impedir a construção, cuja autorização depende do Departamento de Estado, mas suas recomendações foram suficientes para congelar o processo. Uma disputa política vem sendo travada desde então entre a administração e políticos republicanos, que têm apoio de uma minoria democrata. No último dia 9, a Câmara aprovou uma lei a favor da obra e o Senado deve passar medida similar em breve. O governo já anunciou que vetará a legislação. Também no dia 9, a Suprema Corte de Nebraska indeferiu uma ação judicial que embasava parcialmente os argumentos para o veto presidencial. Analistas acham que o governo vai propor uma barganha ao Congresso de maioria republicana. Em troca da aprovação do Keystone XL em 2015, os políticos facilitariam a adoção de medidas da EPA contra a mudança climática, política prioritária do presidente Barack Obama no segundo termo.