A Câmara aprovou, no dia 11, o projeto de autorização de fundos para o governo federal até setembro de 2015. O resultado mostrou uma votação especialmente apertada, com 219 votos a favor e 206 contra. A proposta causou irritação e dissidência nos dois partidos. Os republicanos, que controlam a maioria na Casa, foram os principais patrocinadores do projeto, mas viram 67 membros do partido votarem contra a medida. A oposição veio da ala mais conservadora, que não aceita o financiamento do governo até que as medidas executivas tomadas pelo presidente Barack Obama para amenizar a situação de imigrantes não documentados sejam revertidas. O plano autoriza fundos para o Departamento de Segurança Doméstica, responsável pela imigração, somente até fevereiro, quando os republicanos poderão discutir a questão novamente. Mas a concessão não aplacou os ânimos conservadores e quase comprometeu a passagem do projeto. No Partido Democrata, a discórdia foi em torno de instrumentos que revertem provisões da lei Dodd-Frank, de 2010, sobre regulações de derivativos no mercado financeiro e mudanças nas regras de financiamento de campanhas eleitorais. A líder da minoria na Câmara, Nancy Pelosi (D-CA), comandou a oposição ao projeto, mas foi confrontada pelo líder da bancada, Steny Hoyer (D-MD), e outras lideranças. Obama e o vice-presidente Joe Biden também fizeram campanha pela aprovação. No total, 57 democratas juntaram-se aos republicanos para garantir a passagem do projeto. A medida segue agora para o Senado e deve ser apreciada até segunda-feira, 15.