Plano republicano para orçamento gera disputas no partido
O Partido Republicano começou a discutir nos últimos dias um projeto para reautorização do orçamento do governo federal, que acaba em 11 de dezembro. O plano, apresentado pelo porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), tem duas partes. O orçamento do governo seria renovado até setembro de 2015, fim do ano fiscal vigente, com a redação das onze leis de apropriações ainda em negociação. Um segundo projeto de lei seria aprovado na Câmara condenando as ordens executivas assinadas por Obama em novembro, que flexibilizam condições de imigrantes não documentados no país. O projeto seria simbólico, uma vez que não seria ouvido pelo Senado de maioria democrata. No mesmo pacote, o orçamento do Departamento de Segurança Doméstica, responsável pelas políticas de imigração, seria renovado apenas até março. A partir de então, os republicanos poderão debater novamente o funcionamento do órgão, já possuindo o controle do Senado devido aos ganhos das últimas eleições. O problema para o partido é que sua ala mais radical pode não aceitar o compromisso. Alguns republicanos veem as medidas de Obama como inconstitucionais e não aceitariam autorizar o orçamento do Departamento de Segurança Doméstica em nenhuma hipótese. O representante Tom Rooney (R-FL) declarou, no dia 2, que a alternativa ao plano seria a paralisação do governo, algo que os republicanos deveriam evitar quando se preparam para assumir a liderança das duas casas do Congresso. Se a ala mais radical não ceder, o partido terá que contar com apoio dos democratas. Lideranças democratas declararam preferir uma renovação irrestrita, mas não descartaram o plano republicano.