Obama quer autorização do Congresso para combater o EI

No dia seguinte à vitória republicana nas urnas, o presidente Barack Obama fez um gesto de deferência à oposição. Em coletiva de imprensa no dia 5, Obama anunciou que pedirá autorização legislativa para continuar o combate ao Estado Islâmico (EI). Entre o começo da investida contra o grupo em setembro e a recente eleição, o presidente considerava a permissão desnecessária. A justificativa se baseava em uma lei de 2001 que autoriza o comandante em chefe a usar os meios necessários para combater a Al Qaeda e associados. Muitos congressistas e juristas entendem que a lei se restringe a Al Qaeda e Talibã. Ao aplicar a legislação contra outros grupos terroristas, o presidente extrapolaria seus poderes. Esse seria o caso do EI, que apesar de criado a partir da Al Qaeda, rompeu a ligação com a organização no ano passado. Na coletiva, Obama disse que o inimigo atual exige estratégia de longo prazo e uma prova de união interna nos EUA. A ideia é começar a discutir a questão com o Congresso essa semana e obter a autorização logo após a posse da nova legislatura. Embora Obama rejeite o uso de tropas terrestres, essa possibilidade não seria deixada fora da discussão. Alguns analistas interpretam a iniciativa menos como respeito e mais como um desafio aos legisladores. Ao colocar o tema na agenda, Obama tentaria expor as divisões ideológicas no Partido Republicano para evitar ganhos políticos da oposição em uma esfera onde espera preservar autonomia até o fim do mandato. O plano é arriscado, dizem outros especialistas, já que os efeitos de uma intervenção mais forte poderiam afetar o próprio Obama.

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