O Fed anunciou, no último dia 29, o fim do histórico programa de estímulo à economia que injetava liquidez no mercado através de compras mensais de títulos. O programa conhecido como quantitative easing durou 6 anos e custou US$ 4,45 trilhões aos cofres do Banco Central. A gradual diminuição dos incentivos iniciou-se em janeiro de 2014, ainda na gestão de Ben Bernanke, idealizador do programa. A notícia sobre o final da compra de títulos foi divulgada em nota do órgão após dois dias de reuniões entre seus dirigentes. O Fed avaliou positivamente as atuais condições da economia dos EUA, declarando suspender o programa em conformidade com a estabilidade econômica. A avaliação foi confirmada pela divulgação do crescimento de 3,5% no PIB no último quadrimestre e pela progressiva queda no desemprego. O Fed ressaltou a substantiva melhora do mercado de trabalho, indicando que o país ruma ao pleno emprego enquanto mantêm o controle da inflação. Críticos do quantitative easing apontaram que o Fed teria arriscado perder o controle sobre a inflação, desvalorizar o dólar e trazer sérias distorções ao mercado. Win Thim, da Brown Brothers Harriman, declarou que o Banco Central parece preocupado agora com as possíveis consequências do fim do programa. Investidores até então demonstraram pouco alarme quanto ao fim da recompra de títulos e mantiveram a expectativa de juros baixos até a metade de 2015. O Fed também confirmou o posicionamento de taxas de juros baixas no médio prazo.