Energia e Meio Ambiente

Queda no preço do petróleo gera riscos e benefícios nos EUA

O preço do barril de petróleo segue em queda livre e pode chegar a menos de US$ 80 em breve. Cotado a US$ 104 no fim de julho, o produto sofreu redução de demanda com a desaceleração da economia global.  A deflação é agravada pelo aumento da oferta de petróleo cru no mundo. A maior produção foi incentivada principalmente pela Arábia Saudita, em um movimento que gera efeitos contraditórios para os EUA. Por um lado, a redução nos preços ajuda a recuperar a economia e tem impacto eleitoral imediato. Com a aproximação das eleições de meio de mandato, a gasolina mais barata seria positiva para os democratas nas disputas acirradas com os republicanos em novembro. O cenário também seria importante do ponto de vista geopolítico, uma vez que dificultaria a economia da Rússia e do Irã, diminuindo o poder de barganha desses países. Em contrapartida, a continuada queda no preço ameaçaria a produção de petróleo de xisto nos EUA. A extração de petróleo das formações de xisto tem custos muito mais elevados do que nas reservas convencionais. O problema cresce à medida que o mineral precisa ser extraído de camadas mais profundas. Mesmo quando o produto custava US$ 100, o investimento em xisto já apresentava nível de retorno baixo. Com o patamar atual, produtores domésticos teriam começado a rever alguns projetos. Para alguns analistas, frear a produção de xisto nos EUA seria a real intenção dos sauditas, mesmo sob o risco de afetar a receita do país árabe.

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