O Pentágono anunciou um plano abrangente contra mudanças climáticas. Em relatório do dia 13, o órgão classificou as questões climáticas como multiplicadores de ameaças já enfrentadas pelos EUA. Intitulado Guia de Adaptação para Mudança Climática 2014, o documento aponta que o aquecimento global vai agravar doenças e terrorismo no mundo. Esse cenário compromete a capacidade de ação dos militares, que estarão cada vez mais envolvidos em assistência a civis. Além disso, as instalações de defesa do país são insuficientes para conter os desastres naturais que deverão se tornar mais frequentes. Outra preocupação é quanto ao abastecimento de equipamentos críticos e à necessidade de treinamento de soldados em condições extremas. O relatório diz que, embora não exista consenso científico sobre o futuro do clima, o Departamento de Defesa prefere trabalhar na prevenção dos piores cenários. O primeiro passo é avaliar cientificamente o potencial de risco de mais de 7 mil instalações militares no país. Em seguida, considerar questões climáticas como variável importante em todos os planos de ação e treinamento. As medidas não serão restritas ao plano doméstico: o documento cita como exemplo a importância de se considerar aspectos climáticos na reavaliação da estratégia dos EUA na Ásia-Pacífico e no Ártico. Apesar de o Pentágono ser a instituição que mais consome petróleo no mundo, o relatório não informa como o órgão pretende reduzir suas emissões de carbono. Repetindo o discurso do país em fóruns internacionais, diz apenas que a responsabilidade é de todos, independentemente de política e ideologia.