Secretário de Energia descarta exportação de petróleo cru
Apesar da euforia com as reservas domésticas de xisto, os EUA não devem exportar petróleo cru nos próximos anos. Em evento no Council on Foreign Relations, no dia 6, o secretário de Energia Ernest Moniz lembrou que o país continua sendo um grande importador de petróleo cru e derivados, condição que não deve se alterar rapidamente. A afirmação esfria a expectativa de setores econômicos sobre a possibilidade de exportação para outros mercados. Com o recente aumento da oferta interna, o valor do barril negociado em casa tem ficado abaixo do preço médio internacional, ativando os interesses dos exportadores. Moniz vê com mais otimismo a situação do gás natural. Pelo menos no curto prazo, o país caminha rumo à autossuficiência, sendo maiores as chances de que se torne exportador líquido de gás em pouco tempo. Desde meados da década de 70, uma lei proíbe a exportação de petróleo cru e gás natural sem permissão do Executivo. A prerrogativa cabe ao Departamento de Energia, que manteve veto rígido à venda externa de petróleo, tendo permitido apenas o comércio de gás para países com os quais os EUA possuam acordo de livre comércio. O secretário também afirmou que a maior oferta doméstica do petróleo pode levar à revisão das reservas estratégicas. Depois dos choques do petróleo nos anos 1970, os EUA estabeleceram a obrigatoriedade de manter 727 milhões de barris armazenados em reservatórios no Golfo do México. O estoque, que é suficiente para aproximadamente 4 meses de consumo, foi usado apenas quatro vezes desde então. Para o ano fiscal de 2015, o Departamento estimou em US$ 200 milhões o custo de manutenção dessas reservas.