EUA e países árabes bombardeiam Estado Islâmico na Síria

Os EUA começaram o combate ao Estado Islâmico (EI) na Síria, no dia 22. Bombardeios aéreos e mísseis lançados do Golfo Pérsico e do Mar Vermelho estendem a ofensiva além da fronteira do Iraque. A ação tem a participação de Jordânia, Arábia Saudita, Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Os alvos na primeira noite foram integrantes do EI, campos de treinamento, centrais de comando, depósitos e um centro financeiro. Os EUA também atacaram unilateralmente o grupo Khorasan, ligado à Al Qaeda e considerado uma ameaça maior do que o EI. A investida no território sírio marca uma nova fase do combate ao terrorismo e representa um desafio para a política externa de Obama. As operações no Iraque contam com o apoio do governo iraquiano. Já os bombardeios na Síria foram comunicados previamente ao governo sírio, mas não chegaram a ser autorizados por Damasco. Caso o governo sírio acione seu sistema de defesa antiaérea, poderá ser iniciado um confronto internacional de alta gravidade. Outro risco é que a Rússia acabe atraída para o conflito por sua aliança com a Síria. Nos EUA, alguns congressistas também questionam a falta de autorização legislativa para a operação. Para o senador Tim Kaine (D-VA), ao contrário das medidas de proteção a cidadãos dos EUA no Iraque, as missões ofensivas na Síria requerem permissão do Congresso. Obama considera que as ações são cobertas pela Autorização para Uso de Força Militar de 2001. Segunda essa legislação, à qual Obama se opôs quando era senador, o presidente não precisa de autorização do Congresso para combater a Al Qaeda e grupos relacionados ao 11 de setembro.

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