Departamento do Tesouro amplia sanções contra a Rússia
O Departamento do Tesouro aprovou, no dia 12, novas sanções contra instituições financeiras, e setores de defesa e energia da Rússia. As punições reforçam medidas tomadas pela União Europeia dias antes. Na véspera ao anúncio do Departamento, o presidente Barack Obama dissera que o objetivo é isolar a Rússia politicamente e penalizá-la economicamente pelo que considera a violação da integridade ucraniana. Entre as empresas atingidas está o Sberbank, maior banco russo, que foi excluído do sistema financeiro dos EUA. Outros bancos foram punidos com o endurecimento das regras para refinanciamento de dívidas, cujo prazo passa de 90 para 30 dias. Cinco grandes companhias de energia, entre elas Gazprom, Lukoil e Rosneft, foram afetadas em seus projetos de exploração em águas profundas no Ártico e em reservas de xisto. Empresas dos EUA envolvidas nesse tipo de atividade ficam impedidas de exportar produtos, serviços e tecnologia para as gigantes russas a partir de 26 de setembro. A principal petrolífera ocidental prejudicada pelas restrições é a Exxon, que possui acordos de exploração de US$ 500 bilhões com a Rosneft no Ártico. A corrida para exploração na região cresceu nos últimos anos, especialmente com o descongelamento das calotas polares. Os EUA, no entanto, não conseguem avançar a exploração no Ártico devido a divergências entre setores domésticos. Putin considerou estranho que as novas sanções tenham surgido após o anúncio de cessar-fogo entre forças oficiais e separatistas na Ucrânia. Segundo um porta-voz do Kremlin, empresas e contribuintes europeus pagarão pelos atos hostis do Ocidente.