O Environmental Defense Fund (EDF, na sigla em inglês), grupo de ativistas ambientais, lançou uma campanha de financiamento a candidatos republicanos para as eleições legislativas de novembro. A estratégia é financiar republicanos simpáticos a causas ambientais para contrabalançar a atuação de grupos conservadores no partido, a exemplo de integrantes mais radicais do Tea Party. Outro objetivo é contrabalançar financeiramente a influência de lobistas ligadas aos bilionários do setor petrolífero, Charles e David Koch. O movimento marca uma mudança de postura do EDF, tradicionalmente ligado ao Partido Democrata, embora a iniciativa não seja inédita. Em 2013, a coalizão “green tea”, formada por representantes do Tea Party no estado da Geórgia e a respeitada associação ambientalista Sierra Club foi um exemplo da tendência. Essa aliança improvável trabalhou para aprovar uma lei favorecendo a energia renovável ao obrigar a distribuidora local a utilizar fonte solar. O EDF já destinou US$ 250 mil dólares em publicidade para a reeleição do congressista Chris Gibson (R-NY). Outros US$ 40 mil dólares foram gastos em agradecimento pela atuação de representantes do Kansas e de Michigan na defesa de temas verdes em 2014. O orçamento previsto para o financiamento de candidatos republicanos é de US$ 1 milhão até o momento, podendo ser ampliado. Segundo Tony Kreindler, diretor de comunicações estratégicas do EDF, a proposta é estimular os dois partidos a competirem pela apresentação de propostas legislativas voltadas para preservação ambiental e fontes energéticas alternativas.