Troca de governo no Iraque tem apoio dos EUA
Os EUA deram amplo apoio à indicação de Haider al-Abadi para primeiro-ministro do Iraque. Os secretários de Estado, Jonh Kerry, e de Defesa, Chuck Hagel, consideram aumentar o apoio ao país caso Abadi assuma o posto. Formalmente indicado pelo presidente Fouad Massom, no dia 11, o xiita é considerado moderado por lideranças locais e no meio internacional. Sua nomeação também conta com o apoio de Teerã, em raro momento de convergência entre os interesses dos EUA e do Irã. Ambos os países têm a expectativa de que Abadi seja capaz de construir um governo mais inclusivo, dialogando com as minorias curdas e sunitas. Aumentar a participação política dos sunitas poderia diminuir a base de apoio aos militantes do Estado Islâmico no oeste do Iraque, facilitando a retomada das cidades na região. Além disso, mais poder aos curdos ajudaria a conter os planos de independência da Região Autônoma no Curdistão. Antes, no entanto, Abadi tem o desafio de formar um novo governo em 30 dias para aprovação do Parlamento. Um dos obstáculos era o atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, que vinha declarando intenção de permanecer no comando. Maliki e Abadi são integrantes do Partido Islâmico Dawa. Após pressão da Casa Branca, Maliki renunciou no dia 14, abrindo caminho para uma atuação mais assertiva dos EUA no atual conflito iraquiano. Susan Rice, conselheira de Segurança Nacional, afirmou que a renúncia é um passo rumo à unidade iraquiana. O ex-primeiro ministro foi colocado no poder em 2006, com ajuda do então presidente dos EUA, George W. Bush. O presidente Barack Obama manteve o suporte a Maliki até recentemente.