Estudo aponta declínio relativo de gastos militares dos EUA
O ano de 2014 será o início de um período de relativo declínio nos gastos com defesa nos EUA. A projeção é da consultoria IHS Aeropace, Defense & Security e foi divulgada em fevereiro. Até o ano passado, as despesas militares do país superavam a soma dos gastos das nove nações subsequentes. Os EUA irão gastar US$ 581 bilhões este ano, contra US$ 588 dos outros nove. A queda relativa vem sendo observada desde 2011 e deverá continuar até 2020, quando os dispêndios dos EUA serão menores do que a soma dos cinco seguintes. Os números indicam tendência de redução nos gastos militares pelo Departamento de Defesa e aumento em outras partes do mundo. O estudo aponta, no entanto, que a superioridade militar absoluta dos EUA será mantida por muito tempo e o reequilíbrio de gastos no mundo não indica projeção individual de outro país. A inversão dos números seria o resultado de mais investimentos coletivos, embora Rússia e países na Ásia e no Oriente Médio sejam os principais destaques. Além disso, os EUA devem continuar líderes em investimento per capita, considerando a relação entre gastos e número de militares, o que lhes dá grande vantagem tecnológica. Essa relação é atualmente cinco vezes superior à de China e Rússia, respectivamente segundo e terceiro colocados no ranking mundial. Reino Unido, Japão, França, Índia, Alemanha, Arábia Saudita e Coreia do Sul fecham o grupo dos dez primeiros, com o Brasil ocupando a 11a. posição. As despesas militares no mundo em 2014 vão alcançar US$ 1,547 trilhão, sendo os EUA responsáveis por quase 38% do montante.