América do Norte deve liderar exportação de derivados
A América do Norte deve se tornar um gigante na exportação de produtos refinados de petróleo até o final desta década. A previsão é de um relatório publicado pela Energy Information Administration (EIA), no dia 17, com estimativas sobre o mercado de petróleo para os próximos cinco anos. Segundo o estudo, EUA e Canadá exportarão cerca de 3,5 milhões de barris diários de produtos como gasolina e óleo diesel em 2019. A agência classifica tais quantidades como sem precedentes, destacando que os EUA eram o maior importador de derivados de petróleo do mundo há menos de uma década. Hoje, o país já é superado pela China em volume de importação, além de liderar as exportações desses produtos. As refinarias dos EUA vêm operando em níveis recordes, aproveitando o aumento na oferta doméstica de petróleo cru com a exploração das reservas de xisto. A abundância de matéria-prima faz com que os produtos refinados nos EUA atinjam preços competitivos no exterior, estimulados ainda pelo aumento na demanda em regiões como América Latina e Ásia. Entretanto, a EIA estima também que a produção de petróleo no país deve começar a perder fôlego em breve, atingindo o plateau por volta de 2020. A tendência levará a um aumento provável no preço do recurso, uma vez que a OPEP pode não conseguir atender ao aumento na demanda mundial de petróleo ao longo dos próximos anos devido a problemas políticos em países como Iraque e Líbia. No longo prazo, a agência estima que a alta nos preços, combinada com o melhor desempenho de energias alternativas, estabilize a demanda.