Cooperação com Irã pode ser a saída para crise no Iraque

Os EUA consideram discutir com o Irã um possível plano para combater o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL, na sigla em inglês) no Iraque. As conversas podem acontecer já nessa semana, quando recomeçam as reuniões sobre o programa nuclear iraniano. Irã e EUA são rivais históricos desde 1979, mas têm em comum a oposição aos extremistas sunitas no Iraque. Uma colaboração entre os dois países nesse sentido representaria um passo a mais na reaproximação que ganhou impulso no governo Obama. A cooperação teria como objetivo fortalecer o governo iraquiano, formado por xiitas, curdos e sunitas moderados. Além de atuar no Iraque, o ISIL participa da guerra civil síria contra Damasco. Os EUA não apoiam o atual governo sírio, mas temem que a vitória dos oposicionistas leve à ascensão de extremistas na Síria e na região. Já o Irã quer evitar não apenas a derrota do presidente sírio Bashar al-Assad, mas impedir que o ISIL ameace à segurança nacional iraniana.  A estabilidade no Iraque é fundamental nesse sentido, já que a tomada de poder pelo ISIL daria ao grupo uma forte alavanca política. O presidente Barack Obama e sua contraparte iraniana, Hassan Rouhani, disseram que a ajuda militar por parte de seus governos depende, no entanto, da solicitação de Bagdá. Apesar da aproximação entre Washington e Teerã preocupar aliados dos EUA no Oriente Médio, como Arábia Saudita e Israel, até congressistas conservadores apoiam a iniciativa. É o caso do influente senador Lindsey Graham (R-SC), que defende o diálogo para prevenir o colapso do governo iraquiano.

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