Caos no Iraque pode causar nova intervenção dos EUA

O presidente Barack Obama declarou, no dia 12, que não descarta nenhuma alternativa para conter a quase guerra civil no Iraque. A fala foi contraditória, já que o próprio presidente excluiu o envio de forças terrestres. O governo já mandou um porta-aviões para o Golfo Pérsico e poderá usar bombardeios aéreos para combater o ISIL (sigla em inglês de Estado Islâmico do Iraque e do Levante), grupo extremista sunita criado após a invasão do Iraque em 2003. Os ataques aéreos poderão ser feitos por caças tradicionais ou aviões não tripulados. Segundo Obama, o ISIL representa uma ameaça para o governo e o povo iraquianos, assim como para os interesses dos EUA. A situação no Iraque, que viveu instabilidade durante oito anos de ocupação pelos EUA, vem se agravando desde o fim da guerra em 2011. Após aquele ano, os EUA pretendiam manter cerca de 10 mil soldados no país para treinar forças locais. Como o Iraque não aceitou dar imunidade diplomática às tropas, o Pentágono retirou todos os militares. Ficaram no país apenas diplomatas e funcionários de empresas privadas de segurança contratados pelo Departamento de Estado. Na época, os republicanos acusaram Obama de fracasso na obtenção de um acordo de segurança tido como vital para estabilizar o Iraque. A crítica volta agora com força, poucas semanas após Obama defender menor envolvimento militar em conflitos externos. O senador John McCain (R-AZ), apoiador da invasão em 2003, pediu a demissão da equipe de segurança nacional de Obama, incluindo o chefe do Estado-Maior, general Martim Dempsey. Nas palavras do senador, Obama perdeu uma guerra que estava ganha.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais