Internacional

EUA negociam libertação de soldado com Talibã

O único soldado dos EUA que era mantido como prisioneiro de guerra foi solto no Paquistão, no dia 1o., depois de cinco anos preso em cativeiro pelo Talibã. O sargento Bowe Bergdahl foi capturado no Afeganistão em 2009 em circunstâncias ainda não esclarecidas e havendo suspeitas de tentativa de deserção. As negociações para sua soltura começaram no ano seguinte, mas encontraram problemas. O Talibã exigia em troca a libertação de cinco integrantes do grupo presos em Guantánamo desde 2001. Além das implicações políticas e estratégicas de negociar com os talibãs no auge da guerra do Afeganistão, Obama enfrentava dificuldades domésticas. Ao assumir o cargo, o presidente assinou uma ordem executiva fechando a controversa prisão militar na ilha cubana no prazo de um ano. O plano falhou principalmente pelas dificuldades criadas pelo Legislativo. Em 2011, por exemplo, a maioria republicana na Câmara aprovou uma lei impedindo o uso de verbas para a transferência dos presos de Guantánamo. No ano passado, o relaxamento de parte das restrições permitiu a retomada das negociações entre a Casa Branca e o Talibã, por meio de mediação do Catar. Os cinco talibãs foram libertados sob a custódia do país árabe, onde deverão ter seus movimentos restritos por pelo menos um ano. A possível deserção de Bergdhal fez com que republicanos criticassem o acordo selado por Obama com um grupo inimigo. Os republicanos também contestaram o fato de o Congresso não ter sido comunicado sobre a transferência dos presos com 30 dias de antecedência, como pede a lei.

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