Obama apresenta política externa sem inovações
Faltando pouco meses para chegar à metade de seu segundo mandato, o presidente Barack Obama falou sobre sua visão da política externa dos EUA. Diante de cadetes e oficiais na Academia Militar de West Point, no dia 28, Obama explicou as diretrizes da liderança dos EUA nos próximos anos. Citando o excepcionalismo do país, o único capaz de manter liderança mundial duradoura, o presidente se propôs uma tarefa difícil: responder a críticas de espectros ideológicos opostos. O discurso descartou o isolacionismo, citando a importância de proteger o mundo de riscos como terrorismo e proliferação nuclear, mas negou que isso signifique intervenção militar em todos os conflitos. A fim de combater ameaças cada vez mais descentralizadas, Obama espera fortalecer a parceria com países aliados e a capacidade destes para ajudar a vencer o terrorismo difuso. De acordo com o presidente, a força dos EUA está na capacidade do país em afirmar as normas do Direito Internacional através de suas ações. Defender a democracia e os direitos humanos é mais do que um ideal, sendo principalmente uma questão de interesse nacional. Apesar da relevância dada a alianças e multilateralismo, Obama deixou claro que os EUA estão prontos para agir unilateralmente caso necessário. Para o colunista conservador, Charles Krauthammer, a mensagem foi vazia e defensiva. Outros, como David Frum, consideram que as propostas são falsas e refletem a leitura equivocada de uma realidade onde os EUA já dividem a liderança com outros pólos de poder.