A quinta rodada de negociações da Parceria Transatlântica terminou, no dia 23, com a conclusão de quatro capítulos. Os textos são referentes a barreiras técnicas, competição, pequenos negócios e disputas estatais. Propostas sobre regras de origem e pequenas e médias empresas também foram finalizadas e serão transformadas em textos técnicos. O negociador da UE, Ignacio Bercero, afirmou que temas ambientais, trabalhistas e de desenvolvimento sustentável foram muito debatidos na rodada, e espera que tais pautas sejam concluídas em breve. No entanto, não houve acordo sobre a elaboração de um capítulo exclusivo para energia e matérias primas. A UE exige a separação pela importância dos temas e por acreditar que as regras resultantes poderão ter aplicação global no futuro. Outros assuntos não concluídos foram serviços financeiros, regulação em têxteis e compras governamentais. Dan Mullaney, negociador dos EUA, ainda pretende negociar regras fitossanitárias e de segurança alimentar condicionadas a comprovações cientificas. Caso aceito, o padrão substituiria o princípio de precaução da UE. Atualmente, os reguladores europeus podem barrar substâncias consideradas prejudiciais, mesmo sem comprovação científica do risco. Bercero insistiu que a UE não modificará sua legislação de segurança alimentar por conta do acordo bilateral. No geral, as negociações da rodada foram técnicas, evitando divergências políticas. Analistas sugerem que essa estratégia pode mostrar-se inapropriada. A crescente oposição ao acordo na UE e o resultado das eleições parlamentares no bloco devem prejudicar o progresso das negociações.