Obama define plano de retirada das tropas do Afeganistão

O presidente Barack Obama anunciou, no dia 27, o plano final para a retirada de suas tropas do Afeganistão. Dos 32.000 soldados atualmente no país, apenas 9.800 vão permanecer depois de dezembro de 2014, quando termina a missão de combate. Em 2015, o grupo remanescente vai ajudar no treinamento das forças afegãs, até ser reduzido para cerca de mil soldados em 2016. Após esse prazo, as tropas vão apenas proteger a embaixada dos EUA em Cabul e assessorar militares afegãos em assuntos de segurança. A ideia é que quase todos os soldados retornem aos EUA antes de Obama deixar o cargo em 2017. A iniciativa reflete a preferência do Pentágono, que defendia um número grande de tropas, ao contrário do que queria a Casa Branca. O plano ainda depende da anuência do governo afegão a um acordo de segurança bilateral, que implica imunidade diplomática para as forças ocidentais. O presidente afegão Hamid Karzai recusou sua assinatura, mas os dois candidatos que disputam a sucessão presidencial em junho são favoráveis ao acordo. A decisão atende à opinião pública nos EUA e à necessidade de ajuste orçamentário. Segundo o presidente, os recursos economizados com a retirada poderão ser redirecionados para o combate ao terrorismo em outras regiões, como no Norte da África. A medida desagradou à parte dos democratas e republicanos. Enquanto alguns democratas preferem uma remoção completa e mais rápida, os republicanos acreditam que a expressiva saída militar poderá prejudicar a tentativa de estabilização do Afeganistão. A guerra já dura 13 anos, sendo o conflito militar mais longo já travado pelos EUA.

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