As companhias ExxonMobil e BP assinaram, em maio, novos contratos com a petrolífera Rosneft, apesar das sanções aplicadas pelos EUA ao diretor da empresa russa. Os contratos não violam as proibições impostas em abril, uma vez que elas não foram direcionadas à empresa. No entanto, suas assinaturas indicam as dificuldades práticas de uma eventual ampliação das sanções à Rússia. As transações da Rosneft com as duas multinacionais foram concretizadas, entre 22 e 24 de maio, no Fórum Econômico Internacional de São Petesburgo. O encontro é uma espécie de concorrente do Fórum Econômico Mundial, que acontece anualmente em Davos. No auge da crise da Ucrânia, a Casa Branca desencorajou a ida de lideranças empresariais a São Petersburgo a fim de isolar a Rússia comercialmente. Segundo o jornal The New York Times, a iniciativa foi conduzida por pessoas muito próximas ao presidente Barack Obama, como Jacob Lew e Penny Pritzker, respectivamente secretários de Tesouro e Comércio. Muitas empresas aceitaram a sugestão, a exemplo de Alcoa, Goldman Sachs, PepsiCo e Morgan Stanley. No entanto, grandes petrolíferas ocidentais, como Shell, BP, Eni e Total, compareceram. A presença dessas empresas mostra que existem laços estreitos entre a Rússia e gigantes ocidentais do setor. A BP é um exemplo da solidez dessa relação, uma vez que a companhia britânica possui 20% ações da própria Rosneft. O contrato firmado com a BP, por exemplo, deve explorar reservas não convencionais, incluindo campos de xisto e jazidas no Ártico. Já a parceria com a Exxon, compreende a exportação de gás natural liquefeito na costa do Pacífico Russa.