Energia e Meio Ambiente

Campo na Califórnia tem menos xisto do que previsto

A Energy Information Administration reduziu em 96% a estimativa das reservas recuperáveis de petróleo na formação de Monterey, na Califórnia. Segundo o estudo, a ser publicado oficialmente em junho, será possível extrair apenas cerca de 600 milhões de barris com a tecnologia atualmente disponível. O número representa uma drástica redução em relação à expectativa inicial de 13,7 bilhões de barris, projetada em 2011. A previsão anterior representava cerca de 20% do total de petróleo de xisto no país, mas teria subestimado a complexidade geológica daquela formação. Tida como a maior reserva de xisto dos EUA, Monterey era a esperança da indústria petrolífera da Califórnia. Terceiro maior produtor do país, o estado apostava em Monterey para compensar a queda de produção em suas reservas convencionais. Com base nas estimativas iniciais, eram esperados a criação de 2,8 milhões de novos empregos e o incremento de US$ 24,6 bilhões anuais em arrecadação estatal até 2020. Entretanto, os primeiros testes de extração no campo já anunciavam a complexidade do processo. Além das dificuldades para extrair o recurso com as tecnologias disponíveis, a atividade em Monterey enfrenta outra barreira: oposição ao uso da técnica de fratura hidráulica. Dúvidas sobre a gigantesca quantidade de água demandada por esse procedimento, principalmente considerando a severa seca que afeta o estado, se somam às preocupações sobre os impactos ambientais do método. Cerca de 12 governos municipais no estado já decidiram proibir ou suspender a técnica, e o Senado estadual deve votar em breve sobre uma moratória temporária à prática.

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