EUA acusam militares chineses de ciberespionagem

O Departamento de Justiça anunciou, no dia 19, que vai acusar criminalmente cinco funcionários do governo chinês por roubo cibernético de informações comerciais. A ação será em uma corte em Pittsburgh, próxima às sedes das empresas prejudicadas. Os acusados são militares que estariam a serviço do Exército de Libertação Popular para hackear sistemas dos EUA. Segundo o Departamento, o foco da espionagem eram empresas dos setores metalúrgico e de energia. Esta é a primeira vez em que os EUA acusam formalmente funcionários de um governo estrangeiro por esse tipo de crime. A China é constantemente acusada por Washington de espionar com os mais diversos objetivos, inclusive comerciais, o que tem gerado atrito nas relações entre os dois países. Segundo estimativas, os EUA perdem anualmente entre US$ 24 bilhões e US$ 120 bilhões com ciberespionagem comercial. Apesar de a própria China ser um dos principais alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), os EUA alegam que suas motivações são de segurança nacional. A suposta ação dos militares chineses ocorreu em fevereiro de 2013, mas o assunto saiu das manchetes depois do escândalo sobre a espionagem global feita pela NSA. No ano passado, o presidente Barack Obama e sua contraparte chinesa, XI Jinping, concordaram em manter conversas frequentes sobre ciberespionagem. Segundo funcionários do governo Obama, mesmo que a acusação não seja levada adiante, representará uma forte mensagem contra espionagem comercial. O governo chinês reagiu com indignação, chamando o seu embaixador em Washington de volta a Pequim.

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