As eleições legislativas no próximo mês de novembro têm exacerbado as divisões internas do Partido Republicano. Nas disputas primárias para a escolha dos candidatos que concorrerão em novembro, a ala mais radical do partido, o Tea Party, tem confrontado os setores republicanos mais moderados. No dia 13, o Tea Party conquistou uma importante vitória com o candidato Ben Sasse nas primárias para a disputa ao Senado em Nebraska. Projeções apontam vitória segura dos republicanos no estado, fortalecendo a posição do Tea Party dentro do Partido e no Congresso. Além de contar com fortes instituições financiadoras, como o Fundo Conservador do Senado, o Projeto Madison e o Citizens United, pré-candidatos do Tea Party ainda contam com o apoio de membros já eleitos, como os senadores Ted Cruz (R-TX) e Mike Lee (R-UT). Desde 2010, a ala mais radical tem causado problemas para a liderança republicana no Congresso por sua intransigência na negociação de diversos temas. Cruz ganhou notoriedade no ano passado por forçar a paralisação do governo federal em sua tentativa de cancelar a reforma da saúde de Obama. A vitória de Sasse, porém, foi a única relevante para o Tea Party até o momento. Outros pré-candidatos apoiados pelo grupo saíram derrotados em diversas primárias, e as perspectivas também são poucas em Geórgia, Kansas e Kentucky. Analistas, no entanto, julgam que ainda é cedo para decretar a derrocada do Tea Party no plano nacional. As próximas disputas importantes serão pelas candidaturas ao Senado em Oklahoma e Mississipi.