Casa Branca estuda liberar exportações de petróleo cru
Membros importantes no governo Obama indicaram que a Casa Branca estuda suspender a proibição a exportações de petróleo cru, uma lei vigente desde 1975. No dia 13, o secretário de Energia Ernest Moniz declarou que agências federais estão trabalhando em pesquisas para avaliar a questão. Desde que assumiu o cargo em 2013, Moniz vinha discretamente indicando ser favorável à suspensão, mas seu comentário recente foi a demonstração mais firme de uma real intenção da administração. O conselheiro especial do presidente, John Podesta, também fez colocações parecidas. Podesta alertou que o excesso de oferta doméstica começa a se tornar um problema, já que a maior parte das refinarias nacionais não consegue processar o cru de xisto produzido no país. As declarações marcam o que pode ser o início do reposicionamento do governo. Com o aumento recente na produção doméstica de petróleo parte da indústria petrolífera, alguns setores da mídia e muitos congressistas têm pressionado pelo fim das barreiras às exportações. Em janeiro, o Senado organizou a primeira audiência sobre o tema nos últimos 25 anos, mas o governo até agora não dava sinais concretos de rever a legislação. A autorização das exportações divide opiniões. Embora os produtores de petróleo sejam favoráveis, as refinarias se opõem à medida. O setor de refino tem se beneficiado da proibição, uma vez que o excesso de oferta doméstica mantém o preço do petróleo cru mais baixo internamente do que no mercado global. Com isso, as refinarias ganham competitividade sobre os concorrentes estrangeiros na venda de produtos derivados ao exterior.