Obama volta a impulsionar a agenda ambiental
Com uma semana de entrevistas e anúncios oficiais, o presidente Barack Obama tenta dar novo fôlego à agenda climática. Em discurso na Califórnia, no dia 9, o presidente divulgou uma série de ações para desenvolver energia solar e eficiência energética. Alguns exemplos são os novos padrões para eficiência energética em edifícios federais, a instalação de painéis solares na Casa Branca, e compromissos com cerca de 300 instituições públicas e privadas para aumentar o uso de energia solar. Três dias antes, Obama participou de uma série de entrevistas para divulgar a publicação do National Climate Assessment, relatório sobre os reflexos da mudança climática nos EUA. O estudo foi feito por um painel de cientistas a pedido do Congresso. O documento aponta que as consequências do aquecimento global já podem ser sentidas em todas as regiões do país, sendo necessárias medidas imediatas para reverter o quadro. O relatório, considerado alarmista por críticos republicanos, teve uma repercussão muito diferente do que sua edição anterior, publicada em 2009 sem alarde. Este ano, o governo federal fez um esforço midiático para divulgar a análise. Obama voltou a enfatizar a questão climática para garantir apoio popular às novas regras para emissões de poluentes pelas termoelétricas a carvão. As normas devem ser divulgadas pela Agência de Proteção Ambiental no próximo mês. Segundo pesquisas recentes, a maior parte da população não vê o aquecimento global como uma questão prioritária. O foco na questão também tem como objetivo preservar o apoio de parte da base eleitoral democrata, que vem cobrando ações mais incisivas no âmbito climático.