O vice-presidente Joe Biden anunciou US$ 50 milhões em ajuda dos EUA à Ucrânia através de um novo pacote de auxílio técnico e financeiro. A medida foi divulgada no dia 21, durante a visita de Biden a Kiev. A verba deverá ser aplicada na preparação das eleições de 25 de maio, em assistência econômica e no aumento da segurança energética. Além da ajuda financeira, o pacote prevê consultoria e colaboração entre funcionários e agências das duas nações. Na área de energia, o objetivo é ajudar o país a diminuir a dependência da Rússia. Atualmente, a Ucrânia depende do vizinho para suprir cerca de metade da demanda de gás natural. Além disso, Kiev precisa da receita gerada com o transporte de gás russo para a Europa. A proposta dos EUA é incentivar a extração em reservas de gás e petróleo ucranianas, aumentar a eficiência energética e ajudar a reverter o fluxo de gás de países no Leste Europeu para a Ucrânia. Mas o plano parece mais simbólico do que efetivo. A reversão do gás da Europa de volta para a Ucrânia é considerada pela Rússia como uma violação contratual, razão pela qual muitas empresas europeias resistem em participar. Analistas também apontam que a ajuda é limitada, uma vez que o valor atual da dívida ucraniana com a Rússia no comércio de gás é de US$ 2,2 bilhões. Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia, alcançar a independência energética na Ucrânia levaria 16 anos e consumiria US$ 234 bilhões. O investimento na eficiência energética também é um caminho difícil, já que grande parte da infraestrutura é antiga e intensiva em energia.