Energia e Meio Ambiente

Califórnia debate uso da fratura hidráulica

Um subcomitê da Câmara Legislativa da Califórnia aprovou, no dia 8, a suspensão temporária do uso da técnica de fratura hidráulica na extração de gás e petróleo no estado. O método, que consiste na injeção de água, areia e produtos químicos para implodir as rochas que armazenam recursos fósseis, é condenado por ambientalistas por seus efeitos na qualidade da água e do ar. A iniciativa se espelha na ação do estado de Nova Iorque, que em 2008 suspendeu o uso da técnica para averiguação ambiental. No caso da Califórnia, é improvável que a proposta avance na Câmara e no Senado, ou seja aprovada pelo governador. Mesmo assim, a controvérsia é evidente, embora haja consenso quanto à importância de se regular o uso da fratura hidráulica. No início deste ano, a região implementou regras temporárias nesse sentido. Consideradas as mais rigorosas do país, as instruções devem ser substituídas por medidas definitivas no ano que vem. Grupos influentes defendem a suspensão total das atividades. Duas cidades já interromperam temporariamente a aplicação e o Conselho de Los Angeles está a ponto de aprovar sua proibição total. Por outro lado, alguns setores pedem a manutenção do procedimento para diminuir a dependência do país em relação a petróleo estrangeiro. Devido ao distanciamento das principais regiões de refino no país, a Califórnia depende de importações de derivados para atender a mais da metade da sua demanda por combustíveis fósseis. Enquanto a polêmica não é resolvida, o estado não avança na extração da reserva de Monterrey. Estimada como a maior formação de xisto do país, a área permanece subexplorada.

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