Projeto de remuneração igualitária é descartado no Senado

O Paycheck Fairness Act, projeto de lei com medidas de proteção à igualdade salarial entre mulheres e homens, foi derrotado no Senado no dia 9. A proposta democrata não alcançou a maioria qualificada de 60 votos, necessária para discussão no plenário da Casa. O projeto obrigaria empregadores a provar que diferenças salariais entre homens e mulheres são exclusivamente devidas à produtividade. Além disso, seriam proibidas retaliações a funcionários que questionassem os critérios de diferenciação das empresas. O plano foi criado com base em estatísticas do Departamento de Comércio que indicam que mulheres recebem apenas 77% do salário dos homens. Alguns analistas ressaltam que o cálculo omite fatores que poderiam reduzir a diferença, como a duração das jornadas de trabalho, e diferentes opções de ocupação e de benefícios. Mesmo ajustados por jornada de trabalho, dados do Departamento de Trabalho mostram que mulheres ainda receberiam apenas 88% do salário dos homens. Estudos da economista Claudia Goldin, da Universidade de Harvard, mostram variações por setores de ocupação. No setor financeiro, gerentes mulheres recebem 25% menos do que homens, mas na indústria farmacêutica a diferença cai para 8%. Democratas defenderam o projeto alegando que este traria mais transparência para trabalhadores. Republicanos classificaram a proposta como redundante, uma vez que a discriminação de gênero já é ilegal e o projeto só geraria mais processos judiciais. Na visão do Partido Republicano, o projeto de lei seria parte da estratégia democrata para conquista de votos nas eleições de novembro.

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