O presidente Barack Obama assinou, no dia 8, duas medidas executivas para amenizar as discrepâncias salariais entre mulheres e homens. As medidas marcaram o Dia da Igualdade Salarial, data simbólica criada para marcar o dia em que mulheres alcançariam a mesma remuneração obtida por homens no ano anterior. Uma das iniciativas é a ordem executiva que proíbe empresas contratadas pelo governo de prejudicar funcionários que discutam diferenças salariais. A medida forneceria uma ferramenta de transparência para que os trabalhadores pudessem identificar violações de leis de igualdade em remunerações e buscar soluções adequadas. A outra iniciativa é um memorando presidencial ao secretário do Trabalho, Tom Perez, para a elaboração de novos regulamentos exigindo às empresas contratadas informações sobre pagamentos de seus funcionários, incluindo dados sobre raça e sexo. As medidas juntam-se a outras ações de Obama para promoção de igualdade salarial, como o Lilly Ledbetter Fair Pay Act, primeiro projeto de lei sancionado por Obama em janeiro de 2009. Nas próximas semanas, o Congresso também discutirá o Paycheck Fairness Act, com instrumentos adicionais contra desigualdades salariais por gênero. O Partido Democrata acredita que as discussões por igualdade salarial poderá gerar bons frutos nas eleições de novembro. O tema tem amplo apoio no eleitorado, tanto entre mulheres quanto entre homens, e coloca os republicanos em uma posição delicada. Republicanos veem tais propostas legislativas como intervenção do Estado e um peso adicional aos empregadores, e tendem a posicionar-se contra leis de igualdade salarial.