O Comitê de Inteligência do Senado aprovou, no dia 3, a publicação de um resumo de 480 páginas de um relatório produzido sobre ações da CIA. O relatório, originalmente com 6.300 páginas, foi o resultado da investigação do Comitê, entre 2009 e 2012, sobre o Programa de Detenção e Interrogação da CIA nos chamados black sites. As investigações e o relatório foram alvos de controvérsia, gerando disputas entre senadores e a agência. A CIA acusou os funcionários do Senado de acesso sem autorização a documentos confidenciais, enquanto a presidente do Comitê, Dianne Feinstein (D-CA), apontou para a invasão dos computadores do órgão pela agência. O Departamento de Justiça está apurando as acusações. O Comitê decidiu pela publicação do resumo após votação secreta, que terminou com 11 votos a favor e 3 contra. Junto com o documento, também será publicada uma posição discordante dos senadores republicanos. A ressalva republicana consiste do entendimento de que as técnicas de interrogação da CIA resultaram em avanços concretos, ao contrário do que conclui o relatório. O resumo será enviado à CIA para a averiguação de possíveis dados confidenciais antes da publicação. Feinstein e o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), declaram publicamente o desejo de que o presidente Barack Obama e o diretor da CIA, John Brennan, prossigam com a publicação o mais rápido possível. A Casa Branca afirmou apoio à decisão do Senado. Mesmo com a controvérsia, a CIA declarou que a revisão do resumo será rápida. A agência também se comprometeu a corrigir eventuais más condutas em ações futuras.