O governo anunciou, no dia 28, uma nova estratégia para reduzir as emissões de metano. O gás responde por 9% das emissões de efeito estufa no país, sendo gerado principalmente na extração de hidrocarbonetos, em aterros e na pecuária. Embora não seja o gás mais emitido, ele é muito poluente, o que vem levando a pressões para que o governo regule as emissões. O plano pretende estimular ações voluntárias e poderá incluir medidas regulatórias. A Agência de Proteção Ambiental avaliará as emissões a partir de gás e petróleo para incentivar cortes e espera adotar regulações para o setor em 2016. No meio do ano, a agência também irá propor novos padrões de emissões de metano para aterros novos, podendo vir a atualizar as regras para os já existentes. No mesmo período, diversas agências vão lançar uma iniciativa conjunta para incentivar o uso de novas tecnologias que reduzam as emissões no setor agropecuário, que é o maior emissor de metano. Desde 1990, os EUA reduziram 11% dessas emissões, mas a previsão é que os níveis voltem a subir com o aumento na produção de gás e petróleo de xisto. O presidente Barack Obama tem sofrido críticas por incentivar o uso do gás natural, apesar deste recurso ser menos poluente do que o carvão. Para ambientalistas, o metano gerado a partir do gás natural reduz a vantagem ambiental normalmente associada a este recurso quando comparado a outras fontes fósseis. O anúncio da estratégia foi feito dias antes da divulgação do último relatório do painel climático da ONU. Segundo o documento, os impactos do aquecimento global são graves e irreversíveis.