O Fed reprovou o Citigroup e mais quatro bancos em seu teste de stress anual, segundo resultados divulgados no dia 26. A avaliação, criada pelo Banco Central após a crise financeira de 2008, mede a capacidade de resposta dos bancos em situações de crise. Desde então, instituições financeiras só podem aumentar o pagamento de dividendos a acionistas ou efetuar recompra de ações se tiverem seus planos de capital aprovados pelo Fed. Dos 30 bancos avaliados, o Zions Bancorp, banco regional de Salt Lake City, foi o único a não atingir a reserva de capital mínima de 5% exigida pelo órgão. Outros quatro bancos, Citigroup, HSBC, Santander e Royal Bank of Scotland, não passaram na análise da projeção de perdas e avaliação de riscos em cenários críticos. Foi a primeira vez em que esses três bancos estrangeiros participaram do teste de stress e agora todos terão que reformular seus planos de capital ou serão impedidos de remeter lucros para o exterior. O Fed tem subido progressivamente as exigências de reservas e de melhoria na gestão de risco nos últimos anos, apesar de ouvir críticas do mercado. A rejeição aos planos de capital dos quatro bancos, mesmo cumprindo com o nível de reservas, é um indicativo disso. Bancos e investidores criticam a falta de transparência da avaliação: a incerteza sobre os critérios utilizados poderia abalar a confiança no sistema financeiro, criando volatilidade e incertezas. Segundo analistas, a aprovação de 25 dos 30 bancos testados e os níveis de exigência mais elevados mostraram que os grandes bancos são mais sólidos hoje do que eram às vésperas da crise de 2008.