As agências de inteligência dos EUA alertaram o Pentágono e o Congresso, no dia 27, sobre supostas evidências de que a Rússia se prepara para invadir o leste da Ucrânia. Os EUA estimam que o Kremlin tenha cerca de 40 mil soldados posicionados na fronteira com a Ucrânia, além dos 25 mil homens na Crimeia. O governo russo afirma que não planeja uma invasão e que seus homens realizam exercícios militares rotineiros. A inteligência dos EUA, entretanto, considera o número de soldados muito superior ao necessário para a finalidade. Além disso, segundo o Pentágono, a quantidade de militares na região continua a crescer. O abastecimento das tropas com alimentos, equipamentos e medicamentos, o que viabilizaria uma presença prolongada das forças russas, é outro indício que preocupa Washington. Os russos já teriam reunido os recursos necessários para iniciar uma incursão sem que os EUA possam reagir com rapidez. Apesar de afirmar que acompanham de perto a situação na Ucrânia, as agências de inteligência dos EUA têm encontrado dificuldade em interceptar comunicações que ajudem a identificar os planos do presidente russo, Vladimir Putin. O monitoramento da situação na Ucrânia foi reforçado após a CIA ter sido acusada nos EUA de falhar em prever a ação russa na Crimeia. Em resposta aos relatos, membros republicanos do Comitê de Serviços Armados da Câmara enviaram uma carta à Casa Branca expressando o receio de que a Rússia invada o Leste da Ucrânia, pressionando em direção à Transnístria, uma região separatista da vizinha Moldávia com forte influência russa.