O presidente Barack Obama anunciou, no dia 20, novas sanções contra Rússia em resposta à anexação da Crimeia. As penalidades tiveram como alvo 20 indivíduos, incluindo autoridades como o chefe de gabinete Serguei Ivanov e empresários próximos ao presidente russo Vladimir Putin. O banco Rossiya, do qual Putin é cliente, também foi afetado. As medidas envolvem o congelamento de bens nos EUA,e restrições a transações comerciais e financeiras em dólares. Obama também afirmou ter assinado uma ordem executiva que permite aos EUA punir setores chave da economia russa, o que incluiria as exportações de petróleo e gás. O presidente disse que as medidas prejudicariam a economia global, mas podem ser necessárias devido à movimentação de forças russas perto do Sul e Leste da Ucrânia. Segundo funcionários do governo, o recurso poderia ser usado caso a Rússia promova novas incursões no território ucraniano. Em retaliação, o Kremlin barrou a entrada de congressistas e funcionários da Casa Branca em seu território. Entre os afetados estão o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH) e o senador John McCain (R-AZ). O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou que seu país responderá a cada ato hostil dos EUA. Essa é a segunda leva de sanções anunciadas pelos EUA desde o início da crise. Lavrov afirmou que Washington desconsidera o fato óbvio de que a maioria na Crimeia quer se juntar à Rússia. Os EUA argumentam que a incursão russa na península viola leis internacionais e por isso não reconhecem a anexação.