Uma coalizão de grupos ambientalistas enviou uma carta ao presidente Barack Obama, no dia 18, pedindo que novos empreendimentos para exportação de gás natural não sejam aprovados. O documento, assinado por organizações como Sierra Club, argumenta que novos projetos de exportação incentivariam a extração do recurso pela técnica da fratura hidráulica, afetando o meio ambiente. O uso do método nas reservas de xisto do país permitiu que os EUA se tornassem o maior produtor de gás natural do mundo. Entretanto, ambientalistas criticam o uso da técnica, ressaltando que o procedimento emite gás metano, mais poluente do que o gás carbônico. O conselheiro da Casa Branca, John Podesta, respondeu às críticas afirmando que a administração está trabalhando em um plano para reduzir os vazamentos de metano na produção de gás natural. O posicionamento dos ambientalistas ocorre em no momento em que o debate sobre as exportações de gás natural ganha destaque nos EUA devido à crise na Crimeia. Para o Partido Republicano e setores da indústria, os EUA poderiam exercer pressão na Rússia ao liberarem as vendas de gás natural para a Ucrânia e a Europa em geral, que são muito dependentes do recurso russo. Segundo analistas, a liberação das vendas provavelmente não teria um efeito expressivo na situação da Ucrânia, uma vez que os terminais de liquefação e transporte necessários para a exportação só devem ficar prontos em 2015. Além disso, o fluxo das exportações é determinado pela demanda do mercado, fazendo com que a maior parte do gás seja direcionada aos mercados asiáticos, onde o recurso tem preços mais elevados.