Energia e Meio Ambiente

Crise na Ucrânia aumenta pressão sobre exportação de gás

Embaixadores da Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia enviaram uma carta ao Congresso dos EUA, no dia 6, pedindo a liberação das exportações de gás dos EUA para a Europa Central. O objetivo é garantir que o abastecimento da região não seja interrompido com a crise na Ucrânia. Exportações de gás para países sem acordo de livre comércio com os EUA requerem autorização federal. A maior parte do gás russo para esses países chega ao continente através dos gasodutos que cortam a Ucrânia. O apelo dos diplomatas reflete a opinião de alguns políticos nos EUA, que acreditam no potencial do gás de xisto para reduzir a influência russa na Europa. A questão tem sido levantada nas discussões sobre as possibilidades de ação da Casa Branca em relação à crise ucraniana. O senador John Barrasso (R-WY) chegou a propor que a liberação das exportações de gás fosse incluída no pacote de ajuda à Ucrânia que está em debate no Congresso. A proposta não foi aprovada, mas o senador afirmou que não vai desistir de levá-la à votação. Para alguns analistas, muitos políticos tem aproveitado a urgência da situação ucraniana para tentar avançar suas agendas. Apesar disso, é improvável que qualquer medida desse tipo seja aprovada em função da crise no Cáucaso. Mesmo que a exigência seja suspensa, a construção da infraestrutura para a exportação de gás liquefeito pode levar muitos anos. Outro complicador é a carência de terminais de regaseificação nos países em questão. Tradicionais compradores da Rússia, os quatro recebem o produto na forma gasosa através das redes de gasoduto entre Ásia Central e Europa.

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