DOI aprova testes para extração de petróleo no Atlântico
O Departamento do Interior (DOI, na sigla em inglês) deu o primeiro passo para a exploração de gás e petróleo na costa atlântica dos EUA. Em relatório divulgado, no dia 27, o órgão apresentou os possíveis impactos ambientais decorrentes de testes sísmicos para investigar reservas potenciais na região. A técnica consiste na emissão de ondas sonoras capazes de identificar as formações geológicas de cada trecho pesquisado. Segundo ambientalistas, o som podem matar a fauna e modificar significantemente o comportamento de uma quantidade expressiva de mamíferos, inclusive espécies em extinção. O Departamento confirma o risco, mas indica que o impacto pode ser menor do que o estimado. A análise aponta uma série de medidas para minimizar os perigos, como evitar o uso da técnica na presença comprovada de animais, e suspender os testes durante períodos de desova de tartarugas e de migração de baleias. Grupos ambientalistas e alguns senadores criticaram o posicionamento do DOI, argumentando que as precauções seriam insuficientes. A análise ambiental é apenas a etapa inicial de um longo processo para que a exploração seja iniciada. Para que os testes sísmicos possam ser feitos, o governo federal precisa revogar uma proibição de extração na costa atlântica que só expira em 2017. Após a revogação, o Departamento ainda teria que emitir licenças para os testes e realizar leilões para concessão de terras federais. Estima-se que cerca de 3,3 bilhões de barris de petróleo e 312 trilhões de pés cúbicos de gás natural possam ser encontrados entre os estados de Delaware e Flórida, no sul da costa leste dos EUA.