A líder do partido democrata na Câmara, representante Nancy Pelosi (D-CA), declarou oposição a uma proposta de renovação da Autoridade de Promoção Comercial (TPA, na sigla em inglês) apresentada em janeiro. Durante evento com associações sindicais, no dia 12, a democrata disse não concordar com os termos da legislação introduzida conjuntamente pelo representante Dave Camp (R-MI), o senador Orrin Hatch (R-UT) e o ex-senador Max Baucus (D-MT). Uma das razões da resistência seria a ausência de regras rígidas contra a manipulação cambial por parceiros comerciais dos EUA. Pelosi, entretanto, afirmou que não é contra o conceito da TPA e que seu comentário não é uma rejeição da agenda comercial do presidente Obama, mas da legislação em sua forma atual. A TPA é considerada crucial para os acordos comerciais atualmente negociados pela administração Obama, como a Parceria Transpacífica e a Parceria Transatlântica com a União Europeia, porque facilita a negociação e a ratificação de tratados internacionais. Com a medida, apenas um documento final seria enviado para votação no Congresso, sem possibilidade de emenda ao texto. O projeto apresentado renovaria por até 7 anos a TPA anterior, que expirou em 2007, mas a oposição de Pelosi dificulta a passagem da lei na Câmara num cenário em que a perspectiva no Senado também é incerta. No mês passado, o líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), disse ser contra a legislação. A oposição dos congressistas reflete as preocupações de democratas com a falta de transparência nas negociações de acordos comerciais, além de seus impactos sociais e ambientais.