Pentágono considera acelerar saída do Afeganistão

O Departamento de Defesa entregou ao presidente Barack Obama, em janeiro, um novo plano para a retirada das tropas no Afeganistão. A previsão anterior estabelecia o retorno de 20 mil soldados até dezembro e a permanência de outros 10 mil por tempo indefinido para ajudar na estabilização do país. A Casa Branca e o Pentágono divergem quanto ao ritmo de retorno e a quantidade remanescente depois de 2014, com a administração preferindo uma volta mais rápida e a manutenção de no máximo 3 mil soldados. Mas a falta de um acordo bilateral de segurança com o Afeganistão e a deterioração na relação com o presidente Hamid Karzai levaram os militares a rever os planos. A revisão considera acelerar a saída das tropas de combate para antes do fim do ano e estabelecer o prazo máximo de dois anos para o contingente de estabilização. Todos os soldados retornariam aos EUA até o final do mandato de Obama, permanecendo no país apenas o grupo de defesa do corpo diplomático. O comando militar, no entanto, não descarta a possibilidade de retirar 100% das forças ainda neste ano. Uma definição sobre o assunto só deve ser tomada após as eleições presidenciais no Afeganistão em abril. O atual presidente afegão se recusou a assinar um acordo de segurança com os EUA, preferindo deixar a decisão para seu sucessor. Como as pesquisas indicam que nenhum candidato possui mais de 50% das intenções de voto, é provável que haja um segundo turno em agosto. Nesse caso, haverá pouco tempo para que os EUA removam dezenas de milhares de soldados e toneladas de equipamentos, principalmente devido às dificuldades de trânsito pelo Paquistão e pela Ásia Central.

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