UE sugere reduzir controle dos EUA sobre a Internet

A Comissão Europeia propôs, no dia 12, medidas para desenvolver uma governança global para a Internet. O objetivo é reduzir a influência e o controle exercidos pelos EUA na arquitetura da rede mundial. A ideia sempre foi foco dos europeus e de outros países, mas ganhou força depois dos escândalos envolvendo a Agência Nacional de Segurança. Com a revelação de que a agência espiona indivíduos, empresas e governos no exterior, a confiança nos EUA ficou enfraquecida. Entre os passos concretos para globalizar funções essenciais da Internet, a Comissão sugere desvincular domínios importantes, como (.org) e (.com), do controle do governo dos EUA. O corpo executivo da União Europeia (UE) recomenda estabelecer um cronograma para internacionalizar a ICANN. Essa organização sem fins lucrativos é subordinada ao Departamento de Comércio dos EUA, embora seja responsável pela atribuição de Protocolo IP, domínios e códigos de países em todo o mundo. O Departamento concorda em discutir o futuro da governança da Internet, mas não comenta se pretende abrir mão do contrato com a ICANN. A UE também espera atuar como mediadora entre EUA e países como Rússia e China, que advogam por uma Internet sob a supervisão de governos nacionais. Embora seu argumento contradiga a prática, os EUA defendem uma rede sem interferência governamental. Em abril, uma conferência mundial sobre o tema será realizada no Brasil. A presidente Dilma Roussef, que foi alvo de espionagem da NSA, é a favor da internacionalização da rede e de maior atuação da ONU na questão.

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