Relatório frustra apesar de queda do desemprego para 6,6%
O Departamento do Trabalho informou, no dia 7, que a taxa de desemprego dos EUA caiu de 6,7%, em dezembro, para 6,6% no mês passado. Esse é o menor índice desde o final de 2008. Pela primeira vez desde o fim do ano passado, a queda ligeira na taxa foi atribuída sobretudo ao crescimento das contratações. Em meses anteriores, o encolhimento da população economicamente ativa do país, causado por um número crescente de pessoas que desistiam da procura por empregos, teve maior peso na tendência de redução do índice. Além disso, o número de pessoas desempregadas há mais de seis meses caiu em 323 mil no mês de janeiro, atingindo 3,6 milhões. Apesar dos sinais positivos, o Departamento reportou que 113 mil empregos foram criados em janeiro. Após indícios de que a expansão da economia ganhava força no fim de 2013, o resultado frustrou as expectativas de economistas, que previam a criação de cerca de 180 mil vagas. Para analistas, ainda não é possível saber se a reversão foi pontual ou marca uma tendência que deve levar a taxa de crescimento do PIB de volta para a casa dos 2%. Os maiores responsáveis pelo crescimento foram o setor de construção civil, que gerou 48 mil vagas, e a indústria, com 21 mil postos. O órgão também alterou sua primeira estimativa para criação de empregos em dezembro, que foi de 74 mil para 75 mil vagas, desapontando economistas que esperavam uma revisão significativa. Apesar de os resultados dos dois últimos meses marcarem o pior desempenho do mercado de trabalho em três anos, analistas ainda consideram improvável que o Fed reverta a decisão de reduzir seu programa de estímulo à economia.