Vazamento mostra divergência ocidental sobre crise ucraniana

O vazamento de uma gravação indicou que EUA e União Europeia (UE) divergem sobre uma ação para a crise na Ucrânia. No dia 3, um vídeo no YouTube mostrou uma conversa entre diplomatas dos EUA sobre a formação de um novo governo ucraniano e críticas à postura do bloco. O telefonema envolvia Victoria Nuland, secretária-assistente de Estado para Assuntos Europeus e Eurasiáticos, e o embaixador dos EUA na Ucrânia, Geoffrey Pyatt. Nuland disse que o líder da oposição, Vitaly Klitschko, não estaria apto a compor um novo governo em Kiev. O nome mais indicado seria o de Arseny Yatseniuk por sua experiência em assuntos econômicos. Um ponto sensível da mensagem foi quando Nuland menosprezou, com termos de baixo calão, a importância política da UE. No mesmo dia, circulou na Internet uma gravação do que poderia ser visto como a resposta da UE. Nela, uma alta diplomata europeia rebatia as críticas de Nuland contra a falta de apoio do bloco à proposta de Washington para impor sanções à Ucrânia. Segundo Helga Schmid, apesar de ser a única alternativa ao alcance dos EUA, as sanções seriam insignificantes. A chanceler alemã Angela Merkel também criticou duramente as palavras de Nuland. Para o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, o governo russo pode estar envolvido na divulgação do diálogo. O objetivo do Kremlin seria convencer a população ucraniana de que a oposição é manipulada pelos EUA. No dia da divulgação, um funcionário russo acusou os EUA de armar a oposição ucraniana. Sergei Glazyev, assistente do presidente russo Vladimir Putin, alertou que a Rússia pode intervir para ajudar o país vizinho.

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