Fed reduz programa de estímulo para US$ 65 bilhões

O Federal Reserve anunciou, no dia 29, um segundo corte de US$ 10 bilhões no programa de compra mensal de títulos públicos e papéis lastreados em hipotecas. A decisão foi tomada por unanimidade durante reunião mensal do Federal Open Market Committee (FOMC, na sigla em inglês). Em dezembro, o órgão já havia decidido reduzir o estímulo econômico de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões a partir de janeiro. Agora, a injeção de liquidez será de US$ 65 bilhões em fevereiro. A ação reflete o plano anunciado pelo Banco Central de suspender gradualmente a compra dos ativos à medida que a economia dê sinais de melhora. Havia especulações de que o Fed adiaria um novo corte devido à divulgação de números desapontadores sobre a geração de emprego nos EUA em dezembro e à instabilidade financeira que a redução tem causado em mercados emergentes. Em comunicado emitido após o encontro, o FOMC afirma que dados recentes indicam que o crescimento econômico acelerou nos últimos trimestres. O órgão, entretanto, afirmou que a recuperação do mercado imobiliário perdeu força. O Banco Central também reiterou a promessa de manter os juros próximos de zero até que a taxa de desemprego do país, que hoje é de 6,7%, fique bem abaixo de 6,5%. A postura será mantida desde que a inflação permaneça controlada. Para analistas, a decisão indica que o relatório não teve grande impacto na avaliação do Fed, que continua a prever um crescimento econômico mais forte para 2014. Essa foi a última reunião de Ben Bernanke como presidente do Fed antes de deixar o cargo no dia 31. Sua sucessora, Janet Yellen, deve assumir no dia 1o.

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