Avaliação oficial minimiza impacto ambiental de oleoduto
O Departamento de Estado divulgou, no dia 31, sua avaliação final sobre os possíveis impactos ambientais da construção do oleoduto Keystone XL. O projeto transfronteiriço, que ligará a produção de petróleo betuminoso do Canadá às refinarias do Golfo do México, requer autorização federal. O relatório é a mais recente etapa no processo de aprovação do projeto, que se arrasta desde 2008. Como relatórios anteriores, o documento concluiu que o ritmo de extração no Canadá não será alterado pela via de transporte escolhida. Na falta do oleoduto, o petróleo canadense continuaria sendo escoado para os EUA por outros meios, como o ferroviário. Assim, rejeitar a obra não representaria menos emissões de carbono. A extração de petróleo betuminoso é 17% mais poluente do que no tipo comercializado usualmente nos EUA. Além das emissões, ambientalistas argumentam que o recurso canadense dificulta a limpeza de áreas contaminadas na eventualidade de vazamento. No ano passado, o presidente Barack Obama declarou que as consequências climáticas do Keystone XL seriam o fator primordial a ser considerado para a aprovação do projeto. O relatório divulgado não é decisivo e deverá ser usado no restante do processo, que pode se estender por até um ano. A partir de agora, serão abertos períodos de comentários a oito agências federais. Apoiado pela indústria do petróleo e pelo Partido Republicano, o projeto é criticado pela maioria dos democratas. Assim como os sindicatos, uma minoria democrata defende o oleoduto. Já os ambientalistas, base eleitoral expressiva de Obama, se mantêm inflexíveis contra a construção.