Novas regras podem favorecer a exportação de etanol dos EUA
A indústria de etanol dos EUA pretende recorrer ao mercado externo para compensar a possível queda na demanda doméstica com a diminuição de incentivos federais. Em novembro, a agência propôs um corte de 16% no volume de etanol que as refinarias seriam obrigadas a misturar aos combustíveis fósseis em 2014. No dia 28, terminou o prazo da Agência de Proteção Ambiental para receber comentários públicos sobre a proposta. A decisão final do órgão deve sair nos próximos meses, mas a indústria já elabora estratégias para escoar uma eventual oferta excedente. A aposta principal são as exportações, cujo potencial para esse ano é estimado em um bilhão de galões. Políticas de incentivo a biocombustíveis em países como Filipinas, China, Canadá, Índia e México podem impulsionar as exportações. A baixa no preço do milho também tornou os EUA mais competitivos do que o Brasil, principal concorrente e maior exportador mundial de etanol. Atualmente, o galão de etanol de cana de açúcar produzido no Brasil chega a ser até US$ 0,30 mais caro. Entretanto, problemas logísticos podem dificultar os planos dos exportadores nos EUA. A maior parte da produção de etanol se concentra no Meio-Oeste, próxima das plantações e longe dos portos, o que eleva os custos de transporte. As mudanças nas regras da EPA devem tornar o mercado internacional de etanol mais competitivo. Países que atualmente exportam para os EUA terão que buscar novos mercados. É o caso do Brasil, que exporta cerca de 60% de sua produção para os EUA.